Banco de Resíduos Têxteis de Londrina - BRT

Todos os anos são gerados nas casas brasileiras mais de 2 milhões de toneladas de resíduos têxteis, sendo que mais de 20% (400 mil toneladas) acabam sendo descartados nos aterros municipais, lixões, terrenos baldios e fundos de vale, e muitas vezes queimados a céu aberto. Isso gera diversos problemas ambientais, incluindo a poluição do ar, do solo e o entupimento dos dutos de chorume nos aterros, além de favorecer a proliferação de insetos e roedores.

 Por outro lado, as cooperativas de catadores têm enfrentado muitas dificuldades devido à falta de materiais para reciclar nos barracões, e necessitam criar novas fontes de trabalho e renda. Atualmente o resíduo têxtil é considerado rejeito, e essas cooperativas não podem recolhê-los, embora eles tenham valor comercial que pode ser recuperado.

Para ajudar a resolver esse grave problema, os pesquisadores do grupo de pesquisa em Design, Sustentabilidade e Inovação) da Universidade Estadual de Londrina (DeSIn UEL) desenvolveram um sistema de revalorização dos resíduos têxteis domiciliares que inclui as cooperativas como um ator fundamental neste processo. Este sistema se chama Banco de Resíduos Têxteis (BRT), e abrange a coleta, transporte, triagem, higienização, fragmentação, prensagem e venda deste material para empresas diversas. O primeiro piloto será implantado junto à Cooperativa de Catadores Cooper Região, de Londrina/PR. A Cooper Região é formada por mais de 100 cooperados, a maior parte mulheres de baixa renda e escolaridade, muitas delas mantenedoras principais dos seus lares, e este será o perfil de profissionais que irá operar o BRT e ser beneficiado por ele.

A Cooper Região irá disponibilizar um espaço físico em um de seus barracões para implantar o BRT, mas não dispõe de capital para os equipamentos, e é por isso que organizamos essa campanha de crowdfunding. Necessitamos adquirir uma máquina fragmentadora chamada “tesourinha”, no valor de R$ 26.000,00, além de equipamentos complementares como tesouras, mesas de corte, prateleiras e bags para armazenamento do material têxtil no valor de R$ 9.000,00, num total de R$35.000,00. Este valor será o suficiente para implementar o primeiro piloto do BRT, com capacidade para processar cerca de 15 a 20 toneladas mensais de resíduos têxteis, os quais deixarão de ser descartados incorretamente na cidade.

O BRT é, portanto, um empreendimento socioambiental que busca gerar trabalho e renda para os catadores e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto ambiental dos resíduos têxteis no meio ambiente. Nosso objetivo é ambicioso: queremos nos próximos anos replicar este modelo para outras cidades brasileiras e, para isso, precisamos colocar o BRT em operação neste ano, com a sua ajuda.

Venha ajudar a gente a colocar o BRT pra rodar, gerar oportunidades para os catadores e deixar as cidades mais limpas!